Viajo
Viajo sorrindo, chorando,
Perco-me nas entranhas do vício
Esqueço alucino me espanto.
Seguir esta linha que é meu desígnio
Pedir para não voltar a ver,
Desejar não desejar
Por favor não voltes
Não posso voltar a perder.
Aqui vou eu levado pelo vício
Como me posso entender
Se eu próprio não sei quem sou
Vou, e volto, nesta maravilha desastrosa
Encanado, encalhado,
Chego a pontos de tudo esquecer.
Tenho mesmo de ir
Maravilhosa, vida maravilhosa
Alucino, preciso de acreditar
Empatado, procuro a minha face
Sem ser a outra que assim permanece
Vicio, louco, são flashes de insanidade,
Que prevalecem, mesmo sem querer,
Dor louca, provocadora, irresistível
Amo-te e por ti assim se desfalece.
Sei tudo que dizes, tudo que sentes
Sem poderes sentir, por aí te prendes.
Se tu soubesses a sede que me provocas,
o desejo, esta insana ansiedade
o delírio que constante invocas
Agarro-te, consumo-te,
Perco-me da crua realidade.
Ficar horas, agarradas a ti
Sentindo teu cheiro teu poder
Pensar como aqui me perdi
Manipulado por essa tua força
Que me deixa incapaz de descrever.
Sim, afinal estou agarrado
Sou viciado…
samuel