De nenhuma cor
lhe retires o brilho
e em nenhum paladar
te esqueças do sal
Que em cada música
encontres o teu balanço
e em cada sonho
vejas a voz que te guie
Se estíveres na cidade
sê simples, como és
se a ilusão do encanto, oco
te levar, pela futilidade da vida
Se morares na aldeia
ergue sempre a cabeça
Que as tradições, vazias
não te pesem, sem causa
Olha para cima
o céu é azul
O sol espera por ti
seja noite, seja dia tardio
Onde estiveres
estarei contigo
em cumplicidade
nos dias de dia
e nos dias de noite
Sentirás a minha mão, na tua
e eu, sentirei o teu dormir, em mim
talvez sonhes
talvez te beije
sonhando também
E vem a alvorada
os olhos se cruzam
E renovam-se as palavras
pela vontade da razão
Nunca serão as mesmas
mas todas dizem
como o brilho de cada cor
te amo
pequena flor
Rui Santos