Ando em passo curto
como o meu pensar,
assim iludido
pelo o meu olhar.
Oiço e vejo
o que não quero sentir,
oiço do menino, um desejo,
o de querer sorrir.
Baixo a cabeça
e penso bem fundo,
estendo a mão
e escrevo ao mundo.
Escrevo palavras
que um dia serão ouvidas,
mais que simples letras em quadras
são palavras vivas.
Quando ando devagar
penso e olho o meu céu,
vejo um azul, cor do mar
mas sei que também é teu.
No meu ser profundo
não sou eu quem me cala,
é a voz do mundo
e um menino que fala.