Reaparecerás no chão virgem
Da Nova Terra
Como poeta ignoto e moribundo
Reconhecendo a razão sem ideal
À luz sombria do Sol Longínquo
Reaparecerás no desabrochar das flores
Em segundo paraíso terreal
Diante de crianças inocentes
E criaturas efémeras
À luz sombria do Sol Longínquo
Reaparecerás no Tempo Futuro
Sem Deuses fictícios
Nem Feiticeiros maléficos
A traçarem o teu destino
À luz sombria do Sol Longínquo
Reaparecerás em Terra Cristã
Onde te será revelado o Caminho
Para a Verdade Desconhecida
Que há em ti
À luz sombria do Sol Longínquo
Reaparecerás no Monte Oriente
Disfarçado de erudito
E declamarás às estrelas e às pedras
O poema inacabado da Esfinge
À luz sombria do Sol Longínquo
Reaparecerás porque é importante
Escutares a Razão
Assustadoramente firme
Superior a todas as coisas
À luz sombria do Sol Longínquo
Manuela Fonseca