É como um tornado que destroí ( e remói)
e leva com ele tudo o que podia ser mas não foi.
Põe-me nas mãos, espadas afiadas que dilaceram corpos secos transbordados de amor
que por inútil rancor são afogados.
Tenho tempo para escapar
mas deixo que me percorra
( e ao seu redor tudo magoa).
E extravaso o que me minto,
muito mais do que o que sinto.
E de repente tudo acabou.
Apenas se espalham os destroços do que (não) sou.
Arrependimentos sentidos e sentimentos
arrependidos é tudo o que fica.
Mas tudo isto de lado...
O que te quero mesmo dizer
é que não tinha o direito
de te usurpar mais um bocado.
Desculpa por me ter deixado invadir
pelo árido, vermelho, vento quente.
Evadi-me da presente aura azul
que verdadeiramente percorre a minha mente.