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Reino do Faz de conta - RELEITURA

 
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REINO DO FAZ DE CONTA - RELEITURA

Vivemos no “Reino do Faz de conta: Faz de conta que temos um presidente, e, que esse é dono de sua casa que, nunca diz a mídia: <b>eu não sei de nada, não!</b> faz de conta que as leis do nosso país funcionam – só para os pobres –; faz de conta que o "Ministério da Saúde" é competente... O da Educação, idem!
Faz de conta... Que se faz conta deste país!
Competência custa caro! É preciso investimento no potencial cultural da nossa nação; é um risco iminente - o povo que acha tudo normal e, de tudo faz samba e, enche a barriga de pizza, porque nesse país tudo dá em pizza... Abrirá os olhos do entendimento e, enfim, começará a ver as anormalidades. Somos um povo acostumados a termos 'facilidades' – o jeitinho brasileiro –, mal que vem de cima, para baixo!
Na Inglaterra, há organização até para se usar escada rolante. No uso dessas, ninguém se atreve a abarrotar o espaço, impedindo a passagem do próximo... A população fala mesmo, reivindica os seus direitos; o mínimo buraco em uma calçada faz, com que, a Prefeitura coloque, de imediato, placas se desculpando à população, pelo transtorno; no nosso país os buracos fazem bodas de ouro; os carros são engolidos por eles e, se levarmos o fato ao conhecimento das autoridades, elas brincam de esconder repassando para outros departamentos, tal responsabilidade. As nossas calçadas servem para tudo, menos para os transeuntes que, por sua vez se acostumaram ao desuso das mesmas, por estarem sempre ocupadas, dessa forma, se apossaram das ruas e, transitam à frente dos carros, com a maior cara de pau, desafiando os motoristas a passarem por cima deles... Não mais se ver, como em outros tempos, às pessoas temendo serem atropeladas. Elas mesmas vão de encontro aos carros – afinal de contas, o pedestre tem prioridade. Resta-nos esperar pela concretização do invento ficcionista – o carro voador.
Há quem possa indagar: o que tem a ver furar fila com competência? Respondo: Tem tudo a ver, visto que, a competência é gerada através de disciplina que, requer ordem, responsabilidade, busca pelo crescimento intelectivo, desejo de ascensão – com honestidade! A máxima da incapacitação é a busca pela facilidade de lucro. Para o mercenário o que importa são as cifras.
Como diz o meu amigo Darci Borges: É... mas as coisas podem melhorar muito, se tivermos a consciência da importância da nossa voz, se abrirmos a boca, não em pueris desabafos, frutos da alienação a que nos submetem os grandes jornais, as grandes revistas, as grandes tevês, mas para apresentarmos propostas e alternativas.
É fácil falarmos da classe política e de suas mazelas; metermos o pau, nos esquecendo sempre de que os mandatos deles fomos nós que outorgamos; que eles são os nossos representantes, que eles falam por nós... Democracia, afinal, é isso...
Quero dizer que nesses últimos 6 anos as coisas tem mudado muito, para melhor...
Pelo menos acredito muito nisto, mesmo achando que a perfeição está distante, muito distante e é preciso muita luta, mesmo!
Afinal, se fomos capazes de derrubar uma elite corrupta que deu as cartas por quase meio milênio neste pobre país, roubando, privatizando o bem público, priorizando o capital ao invés do bem-estar social; quebrando nossa economia por várias vezes e por várias vezes recorrendo humilhantemente aos escorchantes empréstimos internacionais, que por várias vezes chamou nossos aposentados de vagabundos, nossos agricultores de caloteiros, etc., etc., etc. (e bota etecéteras nisso...), nós podemos tudo, tudo, tudo, inclusive evitar a volta dos velhos fantasmas que tanto mal nos fizeram!
Fico indignado com muita coisa, sim, porque a indignação é a prova de que estamos vivos e exercendo cidadania, mas reconheço que nós somos os seres políticos, que nós não estamos no Congresso ou em qualquer casa de leis porque delegamos a outros esse poder.
Belo discurso, amigo Darcy, penso porém, se a árvore tem frutos inalcançáveis, para mim, devo agir balançando-a ... Melhor do que cruzar os braços sem nada fazer, enquanto gaviões lhes bicam e comem os frutos." Quanto ao fato de sermos democráticos e de estarmos sendo governados por quem a nossa incompetência elegeu – há sempre exceção – , por ignorância e/ou a troco de favores, faz-nos ver os horrores a que a nossa incompetência nos levou!
(...) "Não vos conformeis com o presente por lembrar de um passado pior".
No nosso caso, “Para quem está a se afogar crocodilo não pode servir de tronco!”


EstherRogessi, Artigo: Reino do Faz de conta, Recife,02/09/09.


Quando descobri o que sou para Deus a opinião da oposição, a meu respeito perdeu o efeito; quando me conscientizei do que Deus é para mim dispensei intermediários.

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Esther
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Enviado por Tópico
HelenDeRose
Publicado: 03/09/2009 13:13  Atualizado: 03/09/2009 13:13
Usuário desde: 06/08/2009
Localidade: Sorocaba - SP - Brasil
Mensagens: 2028
 Re: Reino do Faz–de–conta (Artigo)
Olá Esther, gostei da sua crítica. Fiquei aqui pensando sobre ela. Este reino de faz-de-conta nos é ensinado desde infância, com histórias de faz-de-conta, princesas, principes, bruxas, magos, bandidos, vilões e lobos maus. Será que todos aqueles que nascem estão destinados a aprenderem este faz-de-conta?

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 03/09/2009 14:21  Atualizado: 03/09/2009 14:22
 Re: Reino do Faz–de–conta (Artigo)
Seu texto e o comentário do seu amigo; são manifestos dignos de outdoor.

"Não vos conformeis com o presente por lembrar de um passado pior". Uma frase digna de substituir a de 'Ordem e Progresso'.

pois; 'O reino-do-faz-de-conta, ainda é fruto da incompetência do nosso voto'

Foi bom te ler Esther. Um beijo e fraterno abraço.
Siveira