Caí-me a Alma aos pés,
já nem sou eu que a dispo,
caio de mim mesmo, desisto!
Ainda que amanhã, seja amanhã outra vez!
Estou cansado, tão cansado,
até os sorrisos que chegam,
são lúgubres murmúrios,
de Alma abatida, caída!
Os meus murmúrios,
iguais aos que este Mar pranteia,
Mar inquieto, à minha frente,
como se fora um diálogo sem Gente,
uma trova quente que incendeia,
tudo o que resta da minha vontade ou querer!
Amanhã, talvez o Mar me incite a dizer,
a Alma para se erguer
e vestir-me esta tristeza desnudada!
Preciso dum Sorriso a troco de nada!
Afoguem-se no Mar os meus murmúrios
e eu prometo voltar amanhã!
andy