Vida acadêmica Juvenil
Perseguida como louca
Numa selva de iguais
Ando me preocupando com roupa
E agindo como os irracionais.
Num profundo tédio
Meu cérebro é comido por moscas
Da civilização vou ao prédio
Em meio a vidas foscas.
Sentada na cadeira,
Pensando no asfalto...
Minha mente ingere besteira
Enquanto a bagunça toma conta do Planalto.
Como biscoito e mastigo substâncias tóxicas
Hipnotizada pelas embalagens diabólicas.
A alienação é fogo que cai nos meus olhos.
No quadro imagens de ogros
Monstros, mutantes...
Querem me pegar!
Nesses ensinamentos deturpantes
Que não chegam a nenhum lugar.
Caio dentro de um poço
de interrogação
Vivo nesse mundo insosso
Rodeada por vidas de imaginação.
Mas vocês não vão me pegar:
“Não existe bicho-papão...”.
“Não vão me reprovar...”.
Eu não sou mais fruto dessa criação!
Eu não sou mais fruto dessa educação!
Eu fiz esse poema aos 16 anos numa aula sobre tabela periódica, onde não entendia nada, apenas delirava de tédio.