Poemas : 

Mondego, sob epígrafe de António MR Martins

 
Este é o templo
em que aprendo

António MR Martins


há um rio que corre dentro da alma
do canto

um rio que se solta das amarras
recordando mor dias

por vezes um rio sereno
nas rosas de isabel

ou este rio suspenso preso ao tempo
na espera de inês

rio cantado do anto da portagem
do choupal da esperança da lapa

da alcáçova real ou da distância
rio templo em que aprendo a decifrar

o ouro de cada verso




Xavier Zarco


 
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Xavier_Zarco
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 02/09/2009 07:49  Atualizado: 02/09/2009 07:49
 Re: Mondego, sob epígrafe de António MR Martins
muito Português bem como os homens que saem dentro dele.
Abraço Camarada Zarco.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 02/09/2009 09:13  Atualizado: 02/09/2009 09:13
 Re: Mondego, sob epígrafe de António MR Martins
É sabido que tenho por hábito apenas comentar os textos que alguma coisa me dizem. No caso vertente o poeta transfigura-se em ourives, artífice do oiro da palavra e o poema vira filigrama. Invocando símbolos, imagens e tempos fundamentais no meu imaginário juvenil.
Aplaudo.
Abraço

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 02/09/2009 10:16  Atualizado: 02/09/2009 10:16
 Re: Mondego, sob epígrafe de António MR Martins
Ao vogar neste rio perdido no templo,lembrei-me de todos os poemas que escrevi quando ainda tinha pouca barba no rosto, durante os dois anos que vivi em Coimbra e que queimei numa bela fogueira que fiz no jardim da casa onde morei.
Será talvez por isso, que a cada vez que regresso à cidade, o poema é sempre ela própria.
Gostei muito Zarco.