Ao correr meus olhos
Por aquele quarto gelado
Lembrei-me de um tempo
Em que éramos felizes!
Restam-me hoje, apenas muitas saudades
E uma vontade infinita de sentir de novo
O calor do teu corpo no meu abraço.
Bendito sois vós em minha vida!
Vejo-te ainda rebento
Eu, chorando de tanta alegria
Na magia do teu nascimento.
Bem diferente de um tempo recente (Bala perdida)
Onde a cena manchada de sangue
Que por assim agora, invade meu pensamento...
Vejo-te tão jovem, menino ainda, dilacerado o ventre
Indo embora assustado no choro de meu lamento
Em tê-lo perdido para todo o sempre.
Dedico este texto a todos os pais que perderam seus filhos(as),
e que hoje, vivem aprisionados na inconseqüência de uma bala perdida.