Carta 24
Do meu quarto, confusa e ainda movida por algo maior e único.
Tu nem imaginas o que a mim significa ler estas tuas linhas de agora. O que posso pensar? Sinto eu, Ódio? Amor? Descrédito? Confiança? Não me cobres nada! Não me faça entender por esse momento tudo o que li. Diz tu, ser Victório Pierre, e, ainda que irás embora? Estou desprendida de qualquer razão, move-me apenas este sentimento que carrego comigo que me tem feito aceitar e acreditar que nada, ninguém ou qualquer outro acontecimento, afaste-me de ti, mas, que ao mesmo tempo dilacera-me a alma. Sinto-me abatida desde já, por uma tristeza imensurável, porém, te amo. É amor o que sinto. É amor Pierre! Amo-te tanto que deixo meu coração partir-se em dois, ao saber de tua ida. Que razões um coração pode ter, que a tudo ele aceita? Não posso dizer-te o que sou nesse momento, estou lutando contra minhas próprias vontades. Vá para França! Vá! Irei esperá-lo o tempo que for.
Sempre,
Jolie
Jey