Não oiçam
O que eu disse
Porque não era
O que queria dizer.
Não queria enquadrar um verso longo porque o queria dizer em prosa, mas vão ler um poema na mesma, tudo na mesma como a lesma que não falava mas me contou um dia o acontecimento.
Ai que me troco todo
Com os meus amigos,
E eles trazem-me sumo
Quando queria dizer água,
E depois eu dizia que queria água,
Porque água rima com água,
E zangavam-se todos,
E nunca mais me falavam
Porque eles ouviram sumo
E em resumo foi tudo para as couves.
É o que acontece
Quando não as ouves como deve ser.
Mas tudo se há de resolver, porque depois viro para o lado B, viro a casaca, viro prosa para me arrepender, na esperança de se apagar o que disse apesar de ser dito sem se ouvir...!
Isto não é caso bonito,
Não é para rir,
Porque um dia eu disse sorrir
E acharam que era denegrir
E mandaram-me um fax
De repreensão...
E eu chorei,
Ai meu amigo,
Eu queria dizer sorrir
Apesar de ter dito mesmo
Para ires marrar com um comboio,
Mas tudo se resolve com o apoio de um verso longo de desculpas, que enche a vista e vaza a paciência, porque a ciência de se parecer amigo é tão interessante como uma rima que rima por rimar, não enche mas vai vazar o sentido que a vida tem...