Sonetos : 

SONETO EM AMARELO

 
Deixo-te a fragrância da erva-doce,
As sílabas aladas de um poema,
O conforto seco de uma novena;
Deixo-te tudo que comigo eu trouxe.

Quando nas tuas ideias flutuantes,
Vires minha silhueta no orvalho
Ou na grandiosidade de um carvalho,
Estarei no amor que tu me abranges.

Da ausência que me faz presente em ti,
Florescem surrealismos de Dali
Nos canteiros áuricos de Van Gogh.

Naquela tarde, adiante de um iogue,
Serei eu a retornar sobre os raios de sol,
Silenciosa tal qual um caracol.

(Luciene Lima Prado)

 
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Lucienelp
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Enviado por Tópico
Henricabilio
Publicado: 31/08/2009 17:48  Atualizado: 31/08/2009 17:48
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 Re: SONETO EM AMARELO
Olá Luciene!
Desconhecia que estavas presente neste site - aliás é este o primeiro texto.
Confesso que é um poema tocante e original.
Existe aqui um romantismo que entorpece, mas em simultâneo enternece.
Concluo com uma tirada mais animada:
Fico com a fragrância da erva-doce para mim, que as sílabas aladas já levantaram voo, muito mais ruidosas que a caminhada do caracol.
Recebe meu abraçooo de Parabéns pelo texto!
Abílio

Enviado por Tópico
Branca
Publicado: 31/08/2009 17:59  Atualizado: 31/08/2009 17:59
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 Re: SONETO EM AMARELO
Luciene,
Me encantei com teu poema, ele é do tipo que mexe com os cinco sentidos. Senti o cheiro da erva doce...
beijo.