Numa qualquer cidade,
campo ou chão,
procurarei a saudade
que me beijou o coração.
A justa sensação
de quem outrora,
gostou da canção
que se cantou em boa hora.
Um vulgar assobio
ou mesmo uma batida surda,
que nos tira do vazio
onde a vida é muda.
Em boa ou má altura
inspiro-me em ti,
um doce louvar que perdura
quando o meu pensar fica por aí.
Fica por aí voando
sem asas, sem nada,
assim vai perdoando
a alma abandonada.