Caçando insetos vampiros
Insone trabalhando a extinção do sanguessuga
De luzes acesas contra paredes brancas pra bem ver.
O cômodo ainda incômodo
Pelos zumbidos grossos abusados
Vai se alimpando aos cheios tapas
Escorre sangue de si nas palmas vitoriosas.
Por pouco escapa um e outro
Mas a tenaz perseverança triunfa
No breu calado enfim livre das agulhas
No sono tranquilo desbragado dos parasitas
Cemitério de mosquitos em fronhas e lençóis.
Amaino as coceiras da batalha
Noite a noite uma nova guerrilha
Alargando as fronteiras da dedicação
Investindo sacrifícios de tempo e energia
Botando lenha óleo e resina em gastura
Que toda luz precisa seu combustível.
Vencemos a tempestade as marés
Sem xingos sem raiva no afã
As quedas endireitando
Coluna posta rija
Em capote leal.
E vestimo-nos mui bem
Delicada moda de cacau
Esbaforindo os vaidosos
Em humildade refinada.
Jecas sabidos de terra roxa
Reciclando revoltas instantâneas
Confiança familiar abrindo horizontes.