Recordações
Pássaros noctívagos, se desprendem da minha mão
Vêm falar dos meus medos e cansaços
Dos meus passos neste chão
Dos meus sonhos rosa, negros,e fracassos.
Da angústia laboriosa de cada verso
Da minha infãncia céu eterno!
Do veneno deste destino às vezes perverso
Desta minha estação, já quase «Inverno».
Sou inventário de recordações
Fecho os olhos e surge toda uma Vida
Lembro amores, vibro de emoções
E meu corpo estremece e por ele passa a vida
Distraída!
Grande o abismo que me separa
Do que fui e do que sou!
Preciso inventar-me, o tempo não pára
E rugas são tudo o que me sobrou.
Recordações que surgem em tropel
O espelho me mostra o desgaste
Páginas em branco, gravadas na pele
Nos olhos o sabor do tempo deixa o contraste.
rosafogo
Na plenitude da felicidade, cada dia é uma vida inteira.
Johann Wolfgang Von Goethe