O grito fanhoso do lenho arbóreo,
Assusta o poeta da cidade.
As belezas da flor concupiscente,
Maldizem meu espanto novidadeiro.
As águas barulhentas da cascata,
Inervam os músicos dos tapumes.
O amor curioso
Do bicho do mato,
É confundido com a cilada
Do salteador noturno
E chamuscado na pólvora do engano.
Nas carnes podres do abutre,
O vômito do civilizado corrompido.
A paixão selvática horroriza
O mundano urbano.
Urge que até as feras
Submetam-se,
A moral das urbes.
O alienígena
A pena fornece,
Aos criminosos
Expostos no manual
De zoologia instrumental.
A chuva cai.
Recolhe-se o homem,
A tranqüilidade da alvenaria,
Na esqualidez do riso,
Desdenha os que só na folhagem
Encontram proteção
Contra o libelo tempo.