Estendo à minha frente
Panos embriagados de rosas e estátuas
Que juntas tecem o encanto
Do despontar de uma manhã de Maio
Corôo em meu altar
A dama perdida do desalento,
Rainha das horas que vagam perdidas
Esquecidas no mudo lamento
Falso brilho reluzente
Semente de mordazes cristais
Não me deixes despassar
A fraca linha tracejada
Entre a serpente e a embriaguez
Apieda-te deste pobre
Que por força cruel
Do fado carregado
Não sabe ver a vida se não
Transformada
Por uma sutil e doce confusão
Que atormenta a alma e coração.
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