Luso-Poemas
 
Poemas : 

Petróleo.

 
Tags:  morte    mundo    crise    petróleo  
 
“Até quando o homem olhará apenas para seu umbigo
Até quando o tubarão sentirá apenas o cheiro do sangue vermelho
Até quando vocês irão ver a imagem torta refletida no espelho
Até quando aquele menino invisível será um mendigo

Será que a podridão do mundo se concentra no que paira no ar
Será que o claustro que segue pelas estradas é o fogo queima nas fábricas
Será que temos que nos desdobrar em vinte para fazer todas as mágicas
Será que precisamos usar marcarás de oxigênio para podermos respirar

Quem sabe quando surgir o novo dia não estejamos mortos à sete palmos do chão
Quem sabe quando aparecer uma nova pessoa nosso sangue já não estará mutado
Quem sabe talvez quando pássaros voarem eles não estejam em petróleo untado
Quem sabe depois de uma noite a indignação de umas crianças corrompa seu coração

Seja o que for crie um pouco de coragem
Seja o que for acabe com sua hipocrisia barata
Seja quando for, deixe de ser tão magnata
Não seja ao menos por uma vez uma miragem.”

_________________________
Gabriel Mueller

 
Autor
Gabriel_Mueller
Autor
Textos deste autorMais textos
Rss do autorRss do autor
EstatísticasEstatísticas
 
Texto
Data
Leituras
3180
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
Enviar este texto a um amigoEnviar
Imprimir este textoImprimir
Salvar este texto como PDFCriar um pdf
2 pontos
2
0
0
Recentes
Os passos largos
É tudo por você
Petróleo.
Candura
Sutilezas
Aleatórios
Não deixe as lágrimas cairem
Sem ter pra onde ir
Palavras de outrora
As estrelas Sussurram
É tudo por você
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Punkita
Publicado: 13/09/2009 20:04  Atualizado: 14/09/2009 16:40
Da casa!
Usuário desde: 22/08/2009
Localidade:
Mensagens: 308
 Re: Petróleo.
Difícil achar poemas socialmente críticos tão expressivos como o seu, me lembrou Renato Russo, sempre trágico, a forma sombria como vc fala da poluição, da hipocrisia, da pobreza, da ganância... cada palavra empregada da essa sensação de terror e desespero, fica aquele ar de angústia no leitor, talvez pela realidade que existe dentro de seu poema.
Adorei Gabriel!
Beijos Punkita

Links patrocinados

Páginas em

Páginas sobre