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História de Maria Flor- Parte VIII – Alegrias e Grande Tristeza

 
Tags:  drogas    assassinato    gestação  
 
História de Maria Flor
by Betha M. Costa

Parte VIII – Alegrias e Grande Tristeza

Após escapar da morte por causa de um aborto provocado, eu voltei ao trabalho de doméstica que permitia o meu sustento dentro de uma vida decente e em paz.

Celebrei meu aniversário de dezenove anos sozinha no kit net alugado em que morava. Velas acesas sobre um mini-bolo comprado num supermercado bati os parabéns em minha homenagem e brindei com um refrigerante.

No dia seguinte fui procurada pelo pai de meu amado Ubiracy. Em dois ele sairia da Clínica de Recuperação de Drogados e voltaria para nossa casa. Exultei de alegria com a notícia. Arrumei o melhor que pude o local. Espalhei flores pelos cantos. Fiz seu prato favorito.

Livre das drogas e trabalhando com o pai, meu homem estava feliz. Mudamos para uma casa nova: varanda, sala, copa, cozinha, lavabo, suíte, quarto e um imenso quintal. Deixei o emprego e virei dona de casa. Fiz um jardim em frente à varanda, plantei árvores frutíferas e uma hortinha no quintal. Foram meses felizes!
Não tardou e engravidei. Ficamos encantados com a idéia de sermos pais: enfim seríamos uma família. Aos poucos fomos comprando o enxoval do bebê. Despreocupada e sem sentir nenhum mal estar, aos seis meses de gestação ainda não fizera consulta pré-natal.

A vida era como a brincadeira de casinha que eu não tivera quando menina. Porém, traficantes não brincam nem perdoam quem lhes deixa dívida como Ubiracy... E numa calma noite de domingo invadiram nossa casa, quebraram tudo. Com dois tiros a queima-roupa meu companheiro foi assassinado, apesar das nossas súplicas.

Dor, solidão, enterro... Abandono!... Meus sogros nem quiseram saber de mim e do neto que eu carregava no ventre. Com o pouco dinheiro que tínhamos guardado para o parto, paguei as contas, entreguei a casa e resolvi procurar por Dinah, afinal ela era minha mãe e eu não tinha mais ninguém além dela...
 
Autor
Betha Mendonça
 
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Enviado por Tópico
(re)velata
Publicado: 27/08/2009 21:05  Atualizado: 27/08/2009 21:05
Membro de honra
Usuário desde: 23/02/2009
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 Re: História de Maria Flor- Parte VIII – Alegrias e Grand...
Bem, a vida da Maria Flor não cessa de adquirir contornos cada vez mais trágicos !

«Despreocupada e sem sentir nenhum mal estar, aos seis meses de gestação ainda não fizera consulta pré-natal.»

O que será que resultará daqui?

Continuo a seguir a história!

Beijinho