O Sol para ti olha para a si mesmo se ver
Espelho reflectindo a beleza e luz do seu ser
No entanto, mais que o seu brilho tu emanas
Vida, um mundo dentro de ti ainda por se conhecer.
Um mundo que homens procuraram explorar,
A navegar, voar, nadar.
Não mais puderam sonhar
Depois de perdidos em ti, oh mar.
Prová-mo-nos dignos depois das naus que destruiste,
Depois de quebrados, abandonados, naufragados,
Aos Portugueses caminho abriste,
Nossos caminhos por lágrimas e dor conquistados.
Filho de água, filho de mar
Este país assim nasceu pequeno.
Contigo cresceu a sonhar
E em ti encontrou seu esplendor pleno.
Não mais brilhamos,
Não mais sonhamos,
Portugal, acorda!
Nossa honra está no mar
Nossa glória encontra-se a descansar,
Só nos resta reerguer-mo-nos e, com a mão, a alcançar.
Estamos à demasiado tempo em escuridão
Viajámos, caminhámos através do tempo perdidos, em vão.
Mas não mais! Chegou, enfim, a hora.
Entrando na última nau, navegaremos até à aurora.
Aurora que se encontra para além do horizonte
De onde flui a divina fonte.
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Escrito enquanto olhava para o mar mesmo à minha frente.
Fotografia também tirada por mim.
Obrigado por lerem.
Joel David Rodrigues