Uma gota inebriada do calor do sol
Pairando sobre as cores pálidas do arco-iris
Num zig-zag frenético
Desconexo
Como se houvesse infância
No olhar ébrio do dia
Despindo a manhã de sua calma
Enchendo de vergonha a alma
Em pouco tempo
A gota se esfria
Paralisada enfim
Diante do amor
Entorpecente
E se desfaz em encanto...
Preenchendo o espaço de euforia...
"Há poemas ininteligíveis nos seus elementos, porque só o poeta tem a chave que o explica; mas a explicação não é necessária para que pessoas dotadas de sensibilidade poética penetrem na intenção essencial dos versos"
Manuel Bandeira