Teus olhos
Os teus olhos matam mais que a guerra
Por eles eu já morri mais de mil vezes
Mas ainda não estou embaixo da terra
Talvez apenas por piedade dos Deuses
Vejo neles muitas imagens retratadas
Dos teus abandonos cruéis e desleais
Comparando à aurora das madrugadas
Para mim eles clareiam muito mais
O pior que vejo em ti é a indiferença
Porque vives no mundo sem me olhar
Como alguém que é cega de nascença
Eu também gostaria de ser assim
Não olhar e nem gostar de ninguém
Talvez fosse bem melhor para mim.
Jmd/Maringá, 24.08.09
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