Poemas : 

SOLIDÃO E OUTRA VEZ

 
SOLIDÃO

Na corrosão do ser mostra-se um lago de cristal
num lugarejo de almas...
Na corrosão do ser treme uma voz, gritando.
Nasce um amor sem timbre e se vai perdendo gosto.
Na corrosão do ser há um espelho quebrado.
Há um vaso quebrado. [Silente alma desvanecendo
no rosto
do que vivencia a alusão do solitário crescendo
só com faces de nuance e silêncio.
Na alma, sabe!



OUTRA VEZ

[Foi como a noite, tu havias aparecido a mim.
Os olhos crescendo, convertem-se a ti.]
O tempo passa, os dias vão embora
pois já foram mobilizados.
Minha alma tanto dança.

O amor que esperei de ti.
Minh' alma chama
como quem sempre ama.
Os olhos crescendo como plenilúnio.
Pareceu. Olhou pra mim nos olhos.
Teus lábios queimando
como ponto aberto,
outra vez,
só pra mim.
...
E sumiu semi-aberto com majestosa flor,
outra vez.
ERa só um sonho de amor: inacabado.
Apareceu, subiu aos céus
e desapareceu contigo
e comigo, outra vez
como o pôr-do-sol.
...
Minha alma te chama.
Antes patético e humano
[decisão errada],
Depois sincero desejo insano.
Nada faz parte do nada.
Assim é o amor que invade,
transforma o ser em terreno
fértil, amoroso e satisfaz.
...
O corpo tremendo de dor e amor
- Ferida, outra vez,
se direcionou para mim
sem desculpa
ou pedir licença.

[Davys Rodrigues de Sousa - 07/11/03]


Davys Sousa
(Caine)

 
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caine
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