Não somos escravos dos objetos, porém senhores. É por meio do livre-arbítrio que decidimos por qual caminho na vida rumar... Há duas veredas: uma direciona ao abismo, que é a morte para sempre da alma humana individual, a outra a um monte calvário, este conduz o seu guiado a uma eternidade de vida!... Como lembra o professor e filósofo Huberto Rohden em seus escritos para os homens, e não para as traças: o meio bom não faz do homem bom, embora facilite.
Nós, seres humanos, não somos uma máquina movida pelas circunstâncias, não somos tão medíocres assim, mas como define, ou tenta definir, o maior dramaturgo que já conhecemos, o qual a meu ver não só o é um fantástico dramaturgo, mas um dos melhores filósofos que eu pude o ler, conhecedor aprofundado da tão complexa natureza humana, o genial Willian Shakespeare: “Que obra de arte é o homem: tão nobre no raciocínio; tão vário na capacidade; em forma e movimento, tão preciso e admirável, na ação é como um anjo; no entendimento é como um Deus; a beleza do mundo; o exemplo dos animais.” E que “obra de arte” é mesmo o homem!...
Não é tão fácil assim, como pensam muitos, definir questões de comportamento social de um homem na simples análise de seu cotidiano. Não está em sua genética a resposta para seu futuro, se bom ou ruim o tornará, muito menos em seus antepassados. Por meios fatídicos pode o homem encontrar muitas respostas aos seus anseios, menos a resposta a esta inquietação quanto o homem se ou não composto sua natureza pelos meios circunstantes. Só mesmo pela intuição filosófica é que pode o homem compreender melhor sua natureza.