Ser aquilo que se mostra ser,
ou bem que se é ou não é.
Para isso temos duas formas bem
distintas, para desfazermos este
pequeno enredo, de circunstância.
Se na rua, para com os teus amigos,
ages em conformidade para com
os que te são lá de casa,
então meu irmão, tu não só
mostras como és aquilo
que mostras ser, sem falsidades
nem máscaras, quer numa quer
noutra situação.
Se pelo contrário ante a família
que constituíste,
és agressivo e mal-educado e
saindo à rua, perante teus «amigos»,
és o oposto lá de casa, guardando para
os comparsas sempre uma graça
e boa disposição, aí és
o que sempre mostras-te ser,
pura aparência circunstancial,
mentira que varia
de momento para momento,
falsidade e degradação –
ou seja nada que valha ou mereça
meu mais distinto esforço.
Jorge Humberto
20/08/09