Luso-Poemas
 
Poemas : 

A SENTENÇA

 

Triste de uma sentença
Que desanda entre palavras
Que se perde entre um texto
Vocifera ao encontrar-se
Com as letras tresloucadas
Contorce e reboliça
Feito uma mulher desamada.

As curvas todas do corpo
Do texto que vai formar
Pra construir a palavra
Ou destruir uma vida
Um continente ou um planeta
Ela se vira direito
Pula, repula, repica
O escrevente insiste
Recoloca no lugar
Ela fica a deslocar
Palavras pra outro sentido
Ninguém ouve o gemido
Que ela emite ao agravar
Toda uma existência
de uma pessoa ou do mar
O causídico não solicita
Escolhe a sentença e dita
O escrevente palpita
Apalpa a sílaba e digita
A sentença lá está.



JOEL DE SÁ
21/08/2009.

 
Autor
Joel Pereira de Sá
Autor
Textos deste autorMais textos
Rss do autorRss do autor
EstatísticasEstatísticas
 
Texto
Data
Leituras
632
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
Enviar este texto a um amigoEnviar
Imprimir este textoImprimir
Salvar este texto como PDFCriar um pdf
1 pontos
1
0
0
Recentes
INQUISIÇÃO MODERNA
TUA BELEZA RARA
MORENA DE BRONZE
VERSAR É TE DESEJAR
CASTELOS POÉTICOS
Aleatórios
A GAROTA DA JANELA
A SENTENÇA
ROSALINA
A POESIA
TEU CANTO
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
gil de olive
Publicado: 21/08/2009 19:34  Atualizado: 21/08/2009 19:34
Colaborador
Usuário desde: 03/11/2007
Localidade: Campos do Jordão SP BR
Mensagens: 4838
 Re: A SENTENÇA
Capricou nesse texto, heim meu amigo? Merece aplausos!

Links patrocinados

Páginas em

Páginas sobre