As lágrimas são feitas de prata
Por entre esse rosto de mármore
Onde a vontade escorre
E o esquecimento se veste de negro.
Desaba o terror dos outros
Sob a tua culpa,
A tua mágoa já não chega
Para pagar a alma suja
Que te implantaram.
Não adianta a fuga,
A tais lágrimas sinistras,
Não adianta mais culpa,
Está mal, a justiça virá.
O teu esquecimento
Não apaga os actos,
A tua lembrança,
Não destroi o horror,
E a tua esperança,
Já não existe.