INCÓGNITA DO SER
Não sei onde moro
Nem se vivo
Estou absorvido pela vida.
Não sei mais se te amo
Ou se apenas te quero
A aminézia tomou conta
Do meu consciente.
Já não sei também
Se sei.
Estou inconsciente.
Sinto-me violento
E possesso nesta inconsciência.
Selvagem na Paixão
Abstêmico no Amor
Já inconstante,
Se a constância era uma
Virtude.
Não sei se conto ou
Se se canto.
São tantos números e tantas
Contas.
Serei um Pitágoras
Por conveniência.
Mas se sento um instante
Não sei se penso
Ou se devaneio.
Se olho alguma coisa
Ou fecho os olhos
Para nada ver.
Não sei se estou realmente
Só,
Ou se a solidão
Fez-se-me companheira
Constante.
Não sei se Comte,
Deixou-me com x exponencial
Por resolver
Da equação matemática,
Ou se caio geograficamente
Como as cataratas do Iguaçu.
autor: Juarez Umbelino da Silva
SENSAÇÃO I
Ambíguo na
Amplidão do
Ato de não ser
Apático, mas enfático
Atônito, pelo fato
De parecer lunático
E o diagnóstico
Demonstrar normal.
AGONIA
Por não te encontrar
Não te ver
Nem sentir
Nem te amar
De longe agonizo
Por perto não estar
Se me afogo
Em lágrimas
Em soluços...
E se o grito é o silêncio
Na solidão me arrebento.
Ah! Esta fúria!
Esta fúria que alucina.
Absorve...se absorve.
Implosão!...de sentimentos
Desvairados
Que se imiscuem nas entranhas
Putrefatas deste
Ser
em
Agonia.
Autor: Juarez Umbelino da Silva