Silencioso, trémulo arvoredo,
Sombras trémulas de amantes ao relento,
ao longe são fantasmas,que fazem tremer de medo,
ilusão que na noite tem assento.
A hora, o momento, ainda é cedo,
nos teus braços descubro a beleza das flores,
ramo que apanho em segredo,
beijo teus lábios trémulos,
não sei se de amor, de frio ou com medo.
Com o teu corpo colado ao meu,
voou picado com visão de predador,
que avista aquilo que nunca comeu,
tenra carne meu amor, esse pedaço o teu.
Do teu mundo não tenho ciúme, embora me lamente,
do teu monte não ser o cume,
ou de fazer parte dele para sempre,
e aquecer o meu coração com o teu lume
Cada vez que a torneira se abre, saem rios de palavras que tento juntar com um lápis, para matar a minha sede, é assim que nasce a minha poesia