Por entre as pedras do ribeiro, pacatamente
Desliza sonolento, um fio de água, calmamente
Que dizem ser as lágrimas de dor pungente
Que moira encantada, no poço lhe dá nascente
Assim mansinhas, chegam ao rio, cuja corrente
São divinas águas de chuva, supostamente
Ouvem-se distintos murmúrios na torrente
Que são da moira,que lhe implora tristemente
Leva-me contigo oh rio, urgentemente
Ao meu amor que no mar está ausente
Lá lhe darei um beijo e de novo voltarei
Virei pelo ar em nuvem, que amigavelmente
Em lágrimas de chuva me dará á nascente
Lá, em lágrimas de moira me transformarei
Sou desenhador,pintor e poeta e, nas minhas poesias tento desenhar e pintar os meus pensamentos