Desculpem-me se mereço
Mas porque vivo peço
Uma simples ajuda
Á minha alma que expeço
Para vós e se desnuda
Para quem me acuda
Neste meu avesso.
E em mim eu reitero
Na aurora do desespero
Este pedido injusto
Porque nem sei o que quero
E dai que me assusto
A tão baixo custo
Até ao exagero.
Abre-se assim o segredo
Com as palavras de medo
Que pesam no meu desejo
E para pedir não se faz cedo
Já de orgulho e de pejo
Para vós eu me despejo
Neste meu enredo.
Em mim teve o início
Querer sair deste suplício
De amar a vida que escrevo
E a quem me joga neste vício
Pois escrever é o que devo
Ao prazer onde me enlevo
E onde me acho propício.
bloackt:
Nascer para ser feliz