Terremoto que abala as colunas
Exiladas nas ruínas do esquecimento
Mortos que reclamam o seu
Poder entre os vivos
Esquecido em seus túmulos de pedra
Silencio que é quebrado com o som dos ventos,
Tardes solitárias, a beira da montanha
Ainda vejo os meninos correndo
De um lado para o outro da estrada,
Entre o barulho do mundo, estou no silencio
Atormentado por meus fantasmas
Perseguido por passados
Aterrorizantes e sombrios
Ruínas que se constroem a minha frente
Espaçando ainda mais meus laços
Caminhando entre as noites infinitas
Ilhado pela claridade do dia
Dando minhas origens às escuras
Onde manifesto minha caminhada, para o
Esquecimento da vida
Sou somente o sopro do tempo
Correndo entre os ponteiros imaginários
Unidos de engrenagens sem fim
Raspando a todo o momento na
Invisibilidade que move os dias
Dissolvendo o passado
A cada segundo
Onde tudo se concentra no momento vivido
Aparecido L. Ferreira