Todo verso que escrevo
É um rabisco tortuoso
É o rascunho do mundo
Que se defronta comigo
As várias nuances se formam
Disformes e sem estética
A cada alvorada surgem
Com os arrebóis desvanecem
São névoas crepusculares
Que com o sol esmaecem
Voltam com outro semblante
E aquilo que escrevi
Não reconheço jamais.
JOEL DE SÁ
18/08/2009.