Poemas : 

#08

 


. façam de conta que eu não estive cá .

racionalizar-te com a ponta dos dedos
em pele viva: creio que é possível.
acidentalmente ver cair o corpo todo,
desfazer-se em ossos, apodrecer
a cadência de um suspiro
até me morrerem todos os timbres de voz.
e morrer na poesia dos teus gestos
parados sobre a memória, gasta
dos dias em queda num calendário velho:
morrer. dentro de mim um ofício de inquietações
e, no meio deste poema,
tu a seres o buraco aberto, pronto,
à espera do meu caixão.


 
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Margarete
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Enviado por Tópico
EuniceContente
Publicado: 18/08/2009 02:29  Atualizado: 18/08/2009 02:29
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 Re: #08
Arrepiante*

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 18/08/2009 03:35  Atualizado: 18/08/2009 03:35
 Re: #08
é inimaginável viver teu sonho, ou pesadelo, que são somente seus poemas, mas vamos te lendo e morrendo junto com tuas palavras, e juntamo-nos a este teu olhar, interagimos, e ao mesmo tempo somos o caixão, e o buraco aberto, esperando...

do oceano, um beijo Mar

Enviado por Tópico
Henricabilio
Publicado: 18/08/2009 07:49  Atualizado: 18/08/2009 07:49
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 Re: #08
Poesia pintada em tons sombrios... mas as sombras fazem parte da nossa existência.
Abraçooo!
Abílio

Enviado por Tópico
Amora
Publicado: 18/08/2009 16:57  Atualizado: 18/08/2009 16:57
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 Re: #08
Dentro de ti um ofício de inquietações frutifica e eis o sabor dessas sombras: maravilhoso!
Um dos meus preferidos.
Beijo
Amora

Enviado por Tópico
Julio Saraiva
Publicado: 18/08/2009 17:13  Atualizado: 18/08/2009 17:13
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 Re: #08
mar,

que saudade de te ler. bendito ofício de inquietações.

afeto,

j.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 18/08/2009 22:16  Atualizado: 18/08/2009 22:16
 Re: #08
racionalizas o leitor na cadência pesada dos teus versos. pesada porque magnetizaste este leitor para a tua poesia.

bjs