Sou o pássaro órfão que vaga
Na solidão celeste, voa alto.
Canta ao longe seu canto lânguido
Um coração em sobressalto
Sou a crisálida órfã que dorme
Num galho esquecido e sem valor
Entre os jardins matinais
Espero nascer borboleta em flor
Sou a estrela órfã do cosmo
Triste e distante facho de luz
Numa calma e solitária existência
Que amantes desolados seduz
Tudo é solidão nos órfãos da vida
Ao abandono ficam sem sonhos traçar
Sendo levados ao desgosto sem saída
Cada pássaro, crisálida ou estrela traz.
Juntam-se a muitos solitários em existir
Suplicam calados.... Um pouco de paz.
No silêncio dos órfãos o coração pode ver
A mensagem impar, suplicante e quieta
Nos caminhos que cada um tem que ter...
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