A ti confesso,
as alegrias do meu mundo.
Quando entro em ti
e me detenho
na precisão do teu olhar,
enquanto projectamos
O nosso edifício humano
Eu lápis e tinta
desenhando em ti
traços de beijos
de desejos
Tu papel...vegetal
que absorves lentamente
os meus traços
e, assim desenhamos
O nosso edifício humano
Na construção,
Os teus braços cercam-me.
Ouvimos os compressores
da nossa respiração,
enquanto o martelo perfura
a terra macia,
suporte que será
Do nosso edifício humano
Executando o oculto ritmo
construímos as paredes
dos nossos sentimentos.
Somos matéria!
Areia, cal e cimento
qual argamassa
que cimentará ainda mais
O nosso edifício humano
E acabado!!!
recolhemo-nos nele
numa quietude de amor
que nos embala e conforta
Sou desenhador,pintor e poeta e, nas minhas poesias tento desenhar e pintar os meus pensamentos