posso ser todas as coisas
menos as coisas que querem que eu seja:
entre o tu e o eu existe uma fronteira,
existe uma muralha chamada contradição.
não sei até onde me vou levar,
dentro da intenção, o capitulo final
está escrito connosco a precisar
de um sentido para a vida sem ser a morte.
sem ser a morte, não sei onde vou chegar.
começa a sonhar quando
estas palavras acabarem,
um intervalo de vida com um sonho:
na imaginação ninguém te pode deter.
apaga as luzes.
ritual incomodativo, a dor antes da morte
ainda é vida, não entendo a preocupação
com o desconhecido. o desconhecido.
a vida já não é estranha: é dor e sangue
mas é o medo ao desconhecido que vive, imortal.
Hugo Sousa