Poemas : 

desce o pano!

 
com as maos ainda tremulas
carregadas de odio letal
suor a escorrer na face
lavo a cara tiro remelas
sngra no coracao de metal

alivio o sofrimento
dou risotas de palhaco
sou um homem de cimento
cao de palha no teu regaco

a faca de gume afiado
que trasporta o meu pesar
delira com o massacre
alma podre ser excomungado
salve o serpente de veneno acre!

com olhar de pedra e luz de medo
levaste a minha alma de vencida
coroaste-me com o teu punhal
sangro em pedras e puro sal
eremita farsa que vivo banal

desce o pano!
colorido nu de preconceitos
agora jaz na nuvem densa
deseja de vir a ser palco
deste espectáculo final


manesflama (jose neves)

 
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manesflama
 
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