Sobre o manto negro da rua, na cinzenta neblina da manhã que se ergue, subtilmente cantam as pedras da calçada, cai a chuva lentamente do céu turvo, água divina nas sombras da imensidão... roda a vida sobre o chão que se ergue em rejúbilo, roda que roda e torna a rodar sobre o fio erguido do destino que não se quer ter, gira sobre o peito do mal amado a calmaria dos minutos que passam, sobram os sonhos na face manchada pelas lágrimas e molhada pela chuva, sobram as carícias e os carinhos que não se dão e se detêm nas mãos que nunca entrelaçaram as tuas.
Despedaço as memórias contra as paredes da alma, fecho a porta às lembranças mal-vindas... roda que roda e torna a rodar sobre o fio erguido do destino que não se quer ter.
. façam de conta que eu não estive cá .