História de Maria Flor
by Betha M. Costa
Parte VI – Prostituição e Drogas
Aos dezoito anos - não batessem os maus tratos freqüentes e todo tipo de judiação que fazia comigo - Ubiracy resolveu alugar-me para orgias sexuais.
Ameaçada de morte, eu passei a freqüentar locais em que o álcool e as drogas corriam a rodo. Como se dentro de um corpo que não o meu, sujeitava-me a práticas sexuais que iam do sadismo a sodomia. Tive sorte de não viciar nas drogas Mas, tudo aquilo me adoecia por dentro... Eu cria que teria vida honesta e fosse constituir família com o homem da minha vida... Tornei-me um objeto que ele arrendava e ganhava dinheiro!
Com a mente embotada pelos “ácidos”, Ubiracy perdia cada dia mais a noção das coisas, e, eu ficava mais apavorada que numa “fissura” ele me matasse. Ao mesmo tempo pensava: quem sabe melhor morrer que continuar a viver daquele jeito...
Muitas vezes estive um passo do suicídio ou de matá-lo. O amor por ele e a esperança que tudo mudaria como num passe de mágica levava-me a desistir na hora “H”.
Descoberto por sua família, dona de recursos financeiros, meu homem foi internado numa boa Clínica para viciados. Alívio para mim: fiquei livre dos abusos e da prostituição. Consegui emprego como doméstica, Carteira de Trabalho assinada e parecia estar no céu. Infelizmente o céu era muito para mim. Logo soube que estava grávida...