(Panteão)
Adula-me caro amigo, prostra-te
diante dos meus pés, contempla
a aura imaculada, sem mancha
do pecado original, bajula-me!
(Plebe)
Ó meu nobre senhor, ilustríssimo
gentio, do qual não sou, sequer
digno de engraxar as sapatas!
(Panteão)
És servo bom e fiel, merecedor
da minha estima, não és torpe
e infame, como a ingrata ralé!
(Plebe)
Jamais ousaria difamar, vossa
distinta realeza, sou humilde e
simples servo, mero obséquio,
da vontade de V. Excelência!
(Panteão)
Agora sim, és digno de ilustre
condição, serás o promovido
a súbdito oficial desta nação!