O dia é sempre novo
As cores sempre frescas
A fonte jorra além do infinito.
Giro o mundo em pombagira
Baião ancião mesopotâmico
Em cada instante um semblante
Aos joelhos força lancinante
Ao coração sina alucinante.
Fujo da rima pra alcançar silêncio
Me esqueço os mimos pra vislumbrar o momento
Amigos loucos parasitas e simbiontes
Quem muito tem e muito dá fica só com o dedo pra chupar.
No que vão gostando de mim é quando tenho de ir embora
Sem mistério descarado tão óbvio que faz afugentar
Sou solidão pacificada na implosão do ritmo
Sou brisa quente fazendo suíngue às platinadas asas
Murmúrio singelo da boa grama sou a árvore chorando sem testemunhas.
A fogueira queima
Arde e nos une.
Nos entornos da chama
Bandeiras de amor tremeluzem impasses à tecnosfera
Espíritos destros e fugazes deitam ao chão o grande medo
Os piratas do violeta navegam.
Tomo a linha de meu raciocínio e faço-lhe um macramê bizonho
Nós cegos infindos desenhando a mandala do humor
Trançado de nossa paixão gaiana.
A luta pela vida
Há sim os que lutam tal luta
E não me quero esquecer disto
Ahow Ahow Xivas Da Silva! -
E quero ver neguinho me dizer que esta luta não vale o suor e o sangue.
Setembro, 2008, São Paulo.
orgasmagia.blogspot.com