Sou um poeta, que decidido
a escrever, sou um fingido
que choro por sofrer
e sofro por escrever,
deito a pedra em cima dos pés,
quando a lágrima não cai outra vez,
e assim finjo tão completamente
que me sinto sofrido, por ser somente
como muitos outros
mais um poeta, que fogem da banalidade de poucos,
que agarram na sua felicidade,
e avançam o tempo, até à saudade
mas porque sou assim,
eu só me tenho a mim,
será por ser sozinho,
e assim neste caminho,
apenas me sinto como que em desatino,
e preso em desafino
que um dia a vida calou,
e assim me ensinou.