O meu ser é medonho,
o meu sorrir é sonho,
mas quando te vejo
em lábios um sorriso, esse desejo
que em mim
é mais que pensar, é assim
um sentir apenas vulgar
que sem pensar
apenas voa
levemente, como que doa
num orgão
que em pulsar, me leva ao chão
esse carrinho de corda
que em cada batida surda me acorda
em momentos maus,
em que passam as naus,
no rio do meu sonhar
esse salgado mar,
que em céus se vê
e em apelos, crê
que é mais do que o mais,
que a vida me deixou, banais
momentos estes que penso em sentir,
e assim mais uma vez, deixo-te ir.