A noite fechou-me a porta
E apagou todas as estrelas
Para não me verem chorar
E ouviu calada meu pranto
Cobriu-me com o seu manto
Até a madrugada chegar
Vestiu-me então a aurora
Mas ao ver-me ao espelho
Vi a tristeza no meu rosto
Vi no meu rosto martirizado
Um mundo velho e cansado
Á fome e solidão exposto
Desde então desdigo o dia
Que com maldosa ironia
A aurora me obrigou a ver
Agora... se pudesse vivia
A minha vida sem dia
Se á noite me pudesse ver
Sou desenhador,pintor e poeta e, nas minhas poesias tento desenhar e pintar os meus pensamentos