Chora a mãe parideira...
uivam os mares nos seus encantos...
definham-se as algas, os sonhos...
o ar... sustém-se o perfume da alfazema.
Caem lágrimas...
alguém chora nas raízes rugosas.
Depositam-se de joelhos os cavaleiros
os pretos, os brancos...
raspa a terra a brandura...
Engole o ar do mundo num trago o parido...
abrem-se os olhos dos sentidos...
sorriem-lhe nos espelhos os mundos de todo o mundo.
Tiago Ventura