História de Maria Flor
by Betha M. Costa
Parte IV – Estudante "Quase" Padrão
O relacionamento mãe-filha entre mim e Dinah de ruim tornou-se péssimo, quando aos dez anos de idade fui expulsa da escola por atos libidinosos com uma colega. Inconformada ela batia no peito. Dizia não saber o que fazer comigo. Até parece... Morando numa casa de prostituição desde o seu ventre, com os exemplos que ela e as outras prostitutas davam-me... Na certa eu ia ser uma flor de pureza!
Para que eu pudesse ser matriculada em outro Curso Fundamental - como se fosse transferida e não expulsa - ela subornou umas pessoas. Conseguiu-me histórico escolar sem máculas, pois eu realmente tinha excelentes notas e boa cabeça para o aprendizado.
Fui doutrinada a não assediar sexualmente ninguém no novo local de estudo, sob a pena de levar uma coça que me deixaria na salmoura e ficar trancada em casa sem nunca mais estudar.
Era bem difícil para quem como eu tive o corpo tocado e aprendido desde cedo a ter prazer, agüentar que outras mãos que não as minhas me tocassem. Virei estudante padrão. Ótimas notas, mas sempre com olhos gulosos sobre as meninas e meninos mais bonitos da classe. Era neles que pensava nas muitas horas em que me masturbava ao ouvir os gemidos de cio das mulheres a alugar seus corpos lá em casa.
No dia dos meus treze anos conheci Ubiracy: vinte e um anos, moreno, cabelos lisos, olhos de índio. Caí de amores e logo estávamos de namoro nos becos próximos. Com ele tive a primeira relação heterossexual e como tudo que dizia de luxúria logo estava viciada nele e nos seus prazeres.