Surge a densa madrugada.
Entre lagrimas viro-me pelo avesso.
Envolta a solidão da fria e árdua paixão.
Agasalho-me em tuas lembranças.
Afugento o medo da noite escura.
Acorrentada ao cheiro da ilusão.
Foi o que restou do intenso e puro amor!
Das noites mal dormidas e frias,
Vem a madrugada.
Dos sonhos de amor as lagrimas salgada.
Com triste destino da cigana enamorada.
A vontade de estar ao seu lado.
O sonho de amor sufocado.
O grito no silencio gelado.
A anciã de amar e não ser amado.
Vejo-te em toda madrugada.
Perde-se a esperança no teu amor depositado.
E na noite gélida a longa espera de envolver-me
Em teus braços envoltos ao teu regaço.
Beijo-te em silencio e adormeço em teus braços.