O poeta brinca com o mal
O poeta não é mau
O poeta é um tresloucado
Ele não é bom
Às vezes é lúcido
Ou tão obscuro
Que acerta no que não alvejou.
Ele é tão apaixonado
Não vacila em condenar
Os seus entes mais queridos
Só para ir ao encontro
De um mundo desconexo
De uma realidade estóica
De uma verdade jainista
De um bem confucionista
De uma ferida exposta.
JOEL DE SÁ
07/08/2009.